sábado, 2 de abril de 2016

Cuidados com calopsitas que botam ovos




Leia aqui sobre a escolha do ninho, postura de ovos e outras informações sobre a reprodução desses belos pets



s calopsitas (Nymphicus hollandicus) são pets cada vez mais populares no Brasil. Elas podem reproduzir-se  em cativeiro de forma relativamente simples, mesmo que o proprietário não seja um criador profissional. Veja aqui dicas sobre como cuidar do ninho e dos filhotes dessas aves em casa.

Na natureza, as calopsitas normalmente usam buracos no tronco dos eucaliptos para fazerem seus ninhos. Em viveiros, procura-se reproduzir algo que seja parecido com essa condição. Como todas as aves, se a calopsita for fêmea, ao atingir a idade adulta ela irá começar a postura. Se não houver um ninho, ela irá realizar a postura mesmo assim. Se não houver um macho, os ovos serão estéreis como todo mundo sabe.


Evite o estresse: o casal prefere ficar sozinho

Quando temos várias aves em um mesmo ambiente, é melhor separar o casal para evitar brigas que causam estresse das aves.Os primeiros ovos férteis podem aparecer a partir de uma ou duas semanas após a união do casal. Os ovos medem entre 2 e 3 cm e em média a postura pode ser de 4 a 7 ovos, com intervalos de 2 dias. A incubação (tempo de choca) dura entre 17 a 22 dias.

Cuidados com o ninho: serragem é fundamental

O ninho é uma caixinha própria para reprodução dessas aves. As dimensões mínimas necessárias  são 35 cm de comprimento, 20 cm de altura e 20 cm de largura no mínimo. O ninho tem uma subdivisão interna, uma das partes é onde os ovos serão chocados, esta parte possui um côncavo no fundo.
Você pode encontrar o ninho à venda em alguns pet shops ou em casa especializadas em produtos para aves. Normalmente custam entre 10 e 50 reais, de acordo com o tamanho e acabamento.
Colocar um pouco de serragem no fundo do ninho é muito importante para que os ovos sejam protegidos, a umidade seja absorvida e as aves se sintam seguras durante a postura. A serragem pode ser encontrada em lojas que comercializam produtos para pets. Esta deve ser de cor clara, sem cheiro e suave ao toque, normalmente comercializadas para uso em gaiolas de hamster.

Evite mexer nos ovos e filhotes da calopsita!

Com um ninho no viveiro, elas podem realizar postura durante o ano todo. As épocas mais favoráveis são o verão e primavera. O ninho deve ser retirado do viveiro quando o período de reprodução acabar, senão elas podem continuar com processo o ano todo, o que seria bem cansativo para as aves. O recomendável é no máximo 3 posturas anuais.
Nos primeiros 10 dias depois da eclosão dos ovos, os pais normalmente escondem os filhotes. Durante esse período, é bom deixar as calopsitas quietinhas. Reforçar a oferta de comida é imprescindível. Forneça alimentos frescos. Inclusive, muitos criadores aconselham que seja deixado um recipiente de água extra dentro do viveiro. Os pais irão se revezar no tratamento dos filhotes, que são alimentados diretamente na boca por eles. Normalmente os filhotes começam a explorar a gaiola com 3 semanas e podem ser separados dos pais a partir de 8 semanas de vida.
Você tem mais duvidas sobre como cuidar da sua calopsita? Deixe sua duvida nos comentários !!!





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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Como Cuidar de uma Calopsita

      Como cuidar de uma calopsita




Como cuidar de uma calopsita
Se você é da opinião de que aves não são bons animais de estimação, tente uma calopsita, (ou caturra, caso viva em Portugal)! Esta espécie de pássaro é considerada, pela legislação brasileira, uma ave doméstica, devido à sua dependência para com o dono: são dóceis, interativas, alegres, se apegam muito e os machos calopsita podem presenteá-lo com belas melodias. Agora que ficou conhecendo um pouco melhor esta espécie, talvez pondere, adquirir uma para lhe fazer companhia. 

Se é o caso, continue lendo este artigo  e saiba como cuidar de uma calopsita!
Alguns pontos deve levar em conta antes de comprar uma calopsita,Trata-se de um animal de estimação dependente, que lhe irá exigir atenção e cuidados
Certifique-se de que reúne as condições necessárias para criar uma calopsita, a nível de tempo e dinheiro;Uma calopsita pode viver até 25 anos, o que significa que, se tratar bem dela, terá a companhia da sua durante grande parte da vida; 
Não é aconselhado que, quando viajar, leve a calopsita consigo. Por essa razão,se for uma pessoa que viaja muito, pondere adotar um animal mais versátil, ou peça a alguém de confiança que fique com ela durante a sua ausência;Você tem cachorros e gatos em casa? Pense acerca de como eles lidarão com a chegada de um pássaro, e qual o cômodo da casa mais indicado para colocar a gaiola em segurança.As calopsitas são bem vocais ao amanhecer e entardecer, por essa razão, se você tiver de dormir até tarde de manhã ou deitar-se cedo, talvez elas não serão o animal de estimação ideal para si.O espaço da calopsita 
O espaço da calopsita
Se você está decidido em levar uma calopsita para o seu lar, comece procurando e escolhendo gaiolas. Estes pássaros medem cerca de 30 cm e irão necessitar de uma gaiola de tamanho médico com poleiros, de forma a conseguirem se movimentar com facilidade, abrir suas asas e não bater constantemente com as penas do rabo nas grades da gaiola. Se você tem jeito para manualidades, experimente fazer uma gaiola para pássaros. Coloque a gaiola em um cômodo que receba sol pela manhãe seja fresco ao entardecer, que não sofra bruscas mudanças de temperatura nem que contenha odores intensos. Tenha ainda o cuidado de não colocar a gaiola sob luz solar direta e aprenda como limpar a gaiola

A alimentação

As calopsitas não são muito exigentes a nível alimentar nem existe uma dieta específica para esta espécie, pois elas tendem a comer um pouco de tudo. Por essa razão você pode alimentá-las com ração específica para a sua espécie (adoram sementes), ou com legumes, frutas e vegetais que tenha habitualmente em casa, pão e ovo cozido. Apenas tenha em atenção que, entre essas opções, há algunsalimentos que não lhes deve dar: abacate, alface, maçãs com semente, tomate e alimentos tipicamente humanos e não naturais, como gelados, carne ou iogurtes. Ocomedor e bebedor não deve ser de plástico, pois a sua calopsita poderá começar a roê-los, e a água não deve ser servida gelada.
A alimentação

  • O corte/aparo das asas


    Por se tratar de uma espécie de ave tão dócil, frequentemente donos de calopsitas as soltam de suas gaiolas e deixam que andem livremente pela casa, de forma a conseguir interagir mais facilmente com elas. Para evitar que sua calopsita fuja ou voe para espaços perigosos dentro de casa, pode optar pelo corte de suas asas, que consiste no aparo das penas. Peça a alguém experiente que faça isso, como um veterinário, para não machucar sua calopsita ou colocar a saúde dela em risco.

    O corte/aparo das asas
  • Os hábitos e comportamentos


    A nível de saúde, as calopsitas não têm tendência a adoecer, mas elas podem se revelar bastante deprimidas se não receberem a atenção desejada, chegando até mesmo a sofrer automutilação! Os comportamentos variam um pouco de calopsita para calopsita, mas de forma geral são pássaros alegres, brincalhões e ativos que adoram passar algum tempo com seus donos. Aprenda como amansar uma calopsita e dedique-lhe cerca de 1h por dia, durante a qual você a acariciará, assobiará para ela e brincará. Calopsitas tendem a aprender melodias com grande rapidez, por isso toque algumas músicas calmas para ela, assobie ou coloque-a próxima de outros pássaros. Se você não tiver oportunidade de passar todo esse tempo com sua calopsita, compre-lhe um brinquedo ou encontre um parceiro para ela, tendo em conta que deverá lhes apresentar algumas opções - as calopsitas escolhem seu próprio parceiro. Outro ponto muito importante a saber no momento de criar uma calopsita é que elas têm tendência para sofrer terrores noturnos, por essa razão, nunca a deixe na escuridão completa.
    Os hábitos e comportamentos

terça-feira, 29 de março de 2016

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O Curió

O Curió 

No Brasil foram encontrados 128 tipos diferentes de canto de Curió, normalmente caracterizados por serem oriundos de determinadas regiões do País. 
Os cantos de Curió que foram sendo mais conhecidos e difundidos, foram os que possuíam a qualidade diferenciada da 
repetição.
NOME - Curió
OUTRO NOME - Avinhado
NOME CIENTÍFICO - Oryzoborus angolensis
SIGNIFICADO DO NOME: Curió significa na linguagem indígena " Amigo do homem ".
ORDEM: Passeriformes
FAMÍLIA: Fringílidas
NOME EM INGLÊS: Thick-billed (Lesser) Seed Finch
NOME EM ESPANHOL: Semillero Picogueso
ALIMENTAÇÃO NO HABTAT NATURAL: Alimenta-se basicamente de alguns insetos, várias sementes com exclusividade na semente do capim navalha.
COR: marrom quando novo. Depois de completar 420 dias suas penas ficam pretas com apenas uma pequena mancha branca na asa e sua barriga e peito fica na cor vinho, a fêmea é marrom com um tom mais claro no peito mesmo quando adulta.
LOCALIZAÇÃO: Todo o Brasil e alguns lugares da América do Sul. Habita as regiões litorâneas brasileiras e principalmente o litoral paulista.
TEMPO DE VIDA: 30 anos no cativeiro (se bem cuidado) e de 8 a 10 anos na vida selvagem.
TAMANHO: 14 cm
ÉPOCA DE ACASALAMENTO: ocorre no mês de agosto até o fim de março
FÊMEA - INÍCIO DO PERÍODO FÉRTIL: 6 meses a 1 ano
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 12 dias


Nº DE OVOS: de 1 a 3 ovos por ninhada.

CANTOS REGIONAIS MAIS CONHECIDOS

VITEU - Bahia
VI VI TE TEU - Pernambuco
VOVO YIVIU - Alagoas
PARACAMBI - Rio de Janeiro e Minas Gerais
CATARINA - Santa Catarina
TIMBIRA – Maranhão
PRAIA GRANDE - Litoral de São Paulo

 O Curió aprende a cantar após o nascimento, ou seja, o tipo de canto do Curió NÃO é passado geneticamente. Assim filho de um excelente Curió pode aprender a cantar um canto defeituoso, bem como o filho de um Curió com canto defeituoso pode aprender a cantar com perfeição, desde que ele nunca ouça o pai, nem qualquer outro canto defeituoso, nem sequer por 5 minutos. Lembre-se que os pássaros ouvem cerca de 10 vezes mais do que nós, e, dependendo do local, são capazes de ouvir outro curió a 100 metros de distância ou até mais. Por isso, os cuidados no local de criação são muitos.
No MÍNIMO 60% da responsabilidade no sucesso da formação de um Curió de alta qualidade depende do CRIADOR, entre outros motivos, porque cientificamente as bases do futuro canto são aprendidas principalmente entre o terceiro e o décimo sétimo dia de vida. Os 40% restante divide-se em genética e saúde.Nesta fase, ouvir as fêmeas solteiras, outros filhotes, pequenos defeitos em qualquer cantada do pai ou qualquer outro Curió, mesmo que, ao mesmo tempo esteja ouvindo a fita ou disco ou CD para o aprendizado, poderá influenciar o filhote de forma negativa e irreversível por toda vida. Quem quiser criar Curiós de alta qualidade deve contar com 4 ambientes suficientemente distantes ou isolados acusticamente:
Um ambiente para o macho galador (o macho só deve ser trazido para galar as fêmeas, mesmo que seu canto seja perfeito).
Outro ambiente paras as fêmeas solteiras (sabe-se que muitas fêmeas não galadas cantam e, mesmo as que parecem não cantar, costumam fazê-lo bem cedinho, pouco antes de amanhecer), pois o canto das fêmeas poderá afetar o canto do filhote.
Outro ambiente onde ficarão as fêmeas galadas, chocando e criando os filhotes.
Outro ambiente para os filhotes "desmamados".


ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTES

Não se usa mais alimentar os filhotes com larvas, aranhas, cupins, etc. para facilitar a vida do criador e melhorar a saúde dos filhotes, utiliza-se a ração própria para Curiós, que é vendida a preço acessível em baldes, próprios para criadores. As fêmeas poderão ser acostumadas com esta alimentação após a mudas de penas, suspendendo qualquer outra alimentação, e misturado a gema de ovo ralada à ração, para que fique mais úmida e mais ao gosto das fêmeas. Os filhotes do próximo ano e, portanto, as novas fêmeas, já nascerão habituadas à nova alimentação, que deverá ser oferecidas como mais uma opção à todos os curiós.



COMO MELHORAR A SAÚDE E A RESISTÊNCIA DAS FÊMEAS

Em maio/junho, após terminarem a muda de penas, as fêmeas poderão ser soltas todas juntas, num grande viveiro, parcialmente coberto ou que possa ser coberto todas as noites para que fiquem expostas às variações da natureza tais como: sol, chuva, vento, calor, etc.…Isto reativará ou aumentará a resistência natural das fêmeas, fortalecendo-as para o próximo período de postura e parte desta melhora na saúde, será transmitida geneticamente para os filhotes.


VALORIZAÇÃO DOS FILHOTES

Resultado de imagem para curióQUANTO AO PAI: Como a preferência dos curiozeiros mais e mais tem sido por curiós repetidores e acreditando-se que a característica de repetição é transmitida geneticamente pelos machos adultos, parece lógico que o criador deve preferencialmente possuir um macho galador REPETIDOR, mesmo que o canto seja de baixa qualidade (lembre-se que o macho só deve ser trazido para o ambiente das fêmeas para galar e, após, levado para a outra casa distante o suficiente para NUNCA ser ouvidos pelos filhotes). É interessante para o criador que o macho galador tenham mais de 4 anos de idade.
QUANTO À MÃE: é interessante o criador possuir fêmeas de origem e genética comprovadas de repetição e nunca fêmeas silvestres (cada macho normalmente tem condições de acasalar-se com até 15 ou 20 fêmeas) que:
  • Sejam mães de curiós com ótimas voz e preferencialmente também repetidoras.
  • Irmãs ou filhas de curiós repetidores e com ótima voz.
  • Netas ou bisnetas, avós, bisavós e outros graus de parentesco de curiós repetidores e com ótima voz.
  • Hoje, em nossa criação já podemos oferecer o mapa genético de nossas matrizes e filhotes, assim como, a sexagem via DNA, garantindo uma compra segura. Criadores Reunidos Dois Irmãos/ Criadouro Comercial de curió e bicudo
    OBS.: Alguns criadores experientes anualmente adquirem machos e fêmeas de outros criadores, a fim de, aprimorar sua genética e evitar a consanguinidade.

A FITA, CD OU DISCO

Resultado de imagem para curióTodo criador deve tocar a fita, CD ou disco da modalidade de canto de sua preferência. Também é imprescindível o aparelho de som estar conectado com um TIMER possibilitando um melhor controle do tempo de funcionamento do aparelho e evitando, assim, o “stress” do som intermitente, e preservando a vida útil do aparelho. Lembre-se que quando entramos em um local com som ambiente, à princípio percebemos o som e após algum tempo, não notamos mais. 
O tempo de silêncio serve para que o curió volte a perceber o canto quando a fita voltar a tocar. Para diminuir a possibilidade dos Curiós ouvirem algum outro canto que lhes estrague o aprendizado, recomenda-se que se ouça rádio, TV ou qualquer outro som ininterruptamente, de manhã até à noite.
Tudo isto também vale para os educadores do filhote e deverá ser usado por toda a sua vida, para que queiram MANTER UM CURIÓ DE QUALIDADE. Procure informações com grandes criadores de curiós de canto, pois eles tem montagens de canto próprio para ensinar os filhotes. Evite as fitas comercias, elas voltadas são para divulgação do canto e não para aprendizagem dos filhotes.

São 3 os estágios de aprendizado:
  1. Engrisa ou churria
  2. Marcar notas
  3. Assobia
Resultado de imagem para curió cantoTão logo o filhote aprenda a comer sozinho, ele dever ser colocado na sua gaiola (prefira gaiola número 5, que possibilita ao pássaro mais espaço para voar, e não apenas pular como nas gaiolas menores, facilitando a capacidade pulmonar e, portanto, de CANTAR e REPETIR) e levado para um ambiente onde ouça unicamente a fita, CD ou disco (lembre-se que dificilmente encontramos um MESTRE que vez por outra não apresente alguma falha e, como as crianças, o curió aprenderá mais facilmente as "besteiras"). Recomenda-se nos primeiros 30 dias após o "desmame" ou até comerem a marcar notas, tocar de 30 em 30 minutas a fita, CD ou disco, sem repetição, facilitando assim o aprendizado do BÊABA do canto Praia Clássico. Quando ele começar a marcar notas (uma espécie de “churriado”, porém com "altos" e "baixos"), pode-se ficar à distância ou gravar a marcação de notas dele para depois ouvir, analisar e tentar detectar quais as NOTAS que faltam. Lembre-se que ele deve aprender as 7 NOTAS do canto Praia, mesmo que elas estejam fora da seqüência correta. Caso falte alguma nota, o EDUCADOR deve providenciar uma fita especial que dê ênfase à nota que falta e tocá-la alguns dias, apenas o suficiente para ele aprender e incluir a nota que falta, o que normalmente ocorre no máximo em 25 dias.
Logo após, esta fita especial e específica para este aprendizado NÃO deve ser mais utilizada, para que o curió não aprenda a cantar dando ênfase em uma determinada nota. Caso o educador tenha mais pardos, o filhote que começar a marcar nota deve ser deixado longe dos demais que ainda estão “churriando”, porque senão os demais "amarrarão" a sua evolução. Isto se deve ao fato de que todos os curiós tendem à ir para o canto mais fácil e, neste caso, permanecer “churriando”, é mais fácil do que marcar notas. O curió deve ser mantido no seu "prego" até a MUDA DE NINHO, que ocorre por volta dos 4 meses de vida.
Neste período ele não deve ser tirado de casa, nem colocado na janela, nem estimulado a cantar, nem passear de carro nem mesmo para mostra suas qualidades para os amigos. ESTE É UM PERÍODO CRÍTICO DE APRENDIZADO, e, mesmo colocá-lo na janela de casa, pode estimulá-lo a cantar muito cedo e portanto facilitando a IMPERFEIÇÃO. Também NÃO se deve usar a CAPA para calar o Curió, basta usar o controle das cortinas de casa para mantê-lo em local não muito escuro, nem muito iluminado. Mas a técnica da capa é utilizada com muito sucesso por alguns criadores. Lembre-se que o Curió muito "churrizador" normalmente tem mais dificuldade em aprender canto, portanto não se preocupe se o seu filhote não estiver “churriando” muito.
AMBIENTE: Não é recomendável deixar o curió em cozinhas, banheiros ou outros locais revestidos com azulejos, porque tenderão a cantar com voz “metalizada” e/ou estridente, devido às característica de não absorção do som e produção do eco. Devemos também preferir ambientes com móveis, cortinas, tapetes, etc, que "suavizarão" o som ouvido e, portanto, aprendido pelo curió.
Como o som se propaga de baixo para cima (note que se ouve muito mais os sons do apartamento abaixo do seu do que está acima do seu), ricocheteando nas paredes, é recomendável que as caixas acústicas estejam o mais próximo possível do piso (no máximo à 50 cm do chão) e o alto falante NÃO deve ser direcionado diretamente para gaiola.


Quanto ao volume (altura) do som, recomendo que esteja cerca de um terço do volume normal que um Curió mestre estaria cantando. O ambiente deverá possibilitar ainda que o Curió acorde e adormeça nos horários da natureza (não é bom fazer o Curió dormir após o anoitecer ou deixá-lo em local onde haja TV ligada, pessoas falando, etc). Uma célula fotossensora no aparelho de som é muito útil. Porque o Curió acorda ao amanhecer, o som automaticamente será ligado e ao contrário se desligará ao anoitecer, quando o pássaro for dormir.
Alguns curiozeiros, acreditando que o curió aprende o canto também pelo seu inconsciente, instalam também no aparelho de som um "TIMER DE PINO", destes usados para acender e apagar as luzes automaticamente, e programam 30 minutos de canto que são tocadas por exemplos entre 2:30 e 3:00 da manhã, ou qualquer outro horário em que as pessoas da casa já estejam dormindo, e não tenham o seu sono incomodado.

MUDA DE PARDO

Após cerca de 4 meses a partir do seu nascimento, o filhote fará uma muda rápida de penas que chamamos MUDA DE PARDO. As mudas de penas anuais ocorrerão então mais ou menos 12 meses à partir desta muda de pardo. Após a muda de pardo, o curió deverá ser colocado na VOADEIRA por 20 dias, para que possa voltar ao seu estado atlético, já que na muda o curió passa por um processo de letargia e, após este período, levá-lo para passear. Se não for possível levá-lo para passear, deixá-lo dentro do carro por algum tempo ajudará no seu desenvolvimento (não esqueça de deixá-lo à sombra e com boa ventilação). Quanto mais se "mexer" com o Curió, mudando-o constantemente de um ambiente para outro, melhor.

CURIÓ PRETO

Após ficar completamente preto, o curió poderá melhorar significativamente o seu canto e, mesmo assim, tendo aprendido um canto eletronicamente, ele poderá perder gradualmente algumas notas do seu canto. Infelizmente não é verdade a afirmação de que "na muda de pena vou melhorar o canto do meu curió", porque, se depois de preto já tem uma imensa dificuldade para melhorar o canto, o curió aprende canto demandando, ou seja, cantando e ouvindo outro curió. O problema é que entre dois curiós demandando, o que possuir canto melhor (e, portanto, mais difícil), tenderá a "copiar" o canto do outro curió, pois é mais fácil para ele cantar.

CURIÓS PRETOS QUE "PERDERAM" NOTAS

Alguns curiós que cantavam o canto completo e que "perderam" alguma nota foram recuperados da seguinte forma:
Colocar junto da sua gaiola uma outra gaiola com uma fêmea.
Aumentar o volume da fita, CD ou disco, porque quando o curió está "quente" ele presta muito mais atenção à fita.
Após 2/3 dias, separá-los novamente.
Com a separação, o curió ficará extremamente nervoso e provavelmente cantará "errado" por 3 / 4 dias. Não se preocupe porque depois, gradualmente ele se acalma e, ÁS VEZES, volta à cantar COMPLETO, inclusive com a nota que havia sido desaprendida.

GRAVANDO O PRÓPRIO CANTO DO CURIÓ PARA ELE MESMO OUVIR

Por alguma razão ainda não compreendida por nós, TODAS as tentativas de gravar o canto de um determinado curió para ele mesmo ouvir, tem sido DESASTROSAS. Mesmo quando canta perfeito, o curió ao ouvir uma fita dele próprio, vai perdendo gradualmente a qualidade do seu canto, porém a fita do canto de seu curió poderá ser tocada para ensinar outro curió, e ter o mesmo efeito das fitas comerciais ou até melhor, tudo depende da qualidade do canto de seu curió, assim como da gravação (consulte um juiz de canto).
Quem estiver atento, perceberá que muitos curiozeiros mantém SÁBIAS cantando, junto com seu Curió.  LEMBRETE: quem quiser manter curiós com qualidade de canto, NÃO deve ter outros pássaros, à exceção da sabiá.
DICAS SOBRE SAÚDE
Nunca lavar o alpiste ou qualquer outra semente. Mesmo depois de secada no sol ou no forno, poderemos verificar, com microscópio, a formação de fungos e bactérias que podem comprometer a saúde de seus pássaros.
Como combater PIOLHO: No primeiro dia, misturar 8 gotas de vinagre branco na banheira. No segundo dia, 5 gotas e, no terceiro até o quinto dia, 3 gotas (medida preventiva).
STRESS: é identificado quando, ao pegar a sua gaiola, o pássaro imediatamente defeca. Como anti-estress recomendo a semente PIRILA.
Muda encruada: amassar carvão e cobrir o fundo da gaiola, até começarem a cair as penas. Existem complexos vitamínicos no mercado para esse fim.
Muda constante: podem existir diversas causas, mas uma das principais é o excesso de vitamina A. Por isso, costumo oferecer apenas água pura, evitando a intoxicação e outros efeitos indesejados dos medicamentos "químicos".
Curió que arranca penas: normalmente as causas estão ligadas a problemas dermatológicos ou deficiências protéicas, que podem ser inibidos através de medicamentos, mas existem casos que, por falta de tratamento, acarretam desvios de comportamentos, sendo que estes costumam ser incuráveis.
Ácaro de penas: 3 gotas de desinfetante na banheira, por 5 dias. Não usar medicamentos "receitados" por amigos.

Aspectos da Criação Doméstica de Curiós

Por Dr.Gilson Ferreira Barbosa

INTRODUÇÃO:
As instalações do criadouro ficaram prontas, tudo está nos seus devidos lugares, opções por este ou aquele tipo de prateleiras, gaiolas com pintura eletrostática, sonorização, escolha de equipamentos, Timer, etc. Tudo em ordem e é chegado o momento mais importante. A hora da aquisição das matrizes. Todos nós gostaríamos de adquirir as melhores matrizes e que elas nos proporcionassem logo em seguida excelentes ninhadas, para que todo o nosso esforço fosse compensado, não é? O quanto seria bom ... Mas não é desta forma que a "Banda Toca", ou melhor, "que o curió reproduz". As armadilhas encontram-se espalhadas por todas as partes e não seria agora que estaríamos livres delas. Portanto, listei alguns procedimentos que não devem ser prescindidos em nenhuma hipótese. Mesmo que você queira, não deve se enganar, e, às vezes, a gente tem destas bobagens e tentamos enganar a nós mesmos achando que não pode ser, que não vai acontecer com a gente e facilitamos. É “aí o bicho pega"!

PROCEDIMENTOS PARA FORMAÇÃO DO PLANTEL
CRIAÇÃO DOMÉSTICA DOS CURIÓS:
1. O primeiro passo é definir qual o tipo de dialeto (cantoria) que você pretenderá ensinar e o estilo da sua criação, pois o sucesso canoro dos futuros filhotes dependerá muito das opções que você terá de fazer agora, quanto à genética do plantel no tocante a canto longo, canto curto, temperamento (Fibra), repetição, etc. É neste momento que será determinado o futuro da sua criação, e a garantia dos investimentos. Lembre-se que “não se tira leite de pedras".
2. Feitas as definições, você não deve adquirir, em nenhuma circunstância, nem mesmo por doação, pássaros sem comprovação testemunhal e documental de procedência. A documentação legal deve estar impecável, a numeração do anel no tarso do pássaro deve ser minuciosamente conferida em todos os seus caracteres, não restando dúvidas quanto à clareza do seu CTP (IBAMA), que deve ter todos os campos preenchidos e não conter rasuras. Apesar do CTP não existir mais, certos dados básicos devem ser checados.
3. Procure fazer contato com criadores previamente selecionados por você e que atendam as suas definições, para agendar uma visita ao criadouro, com vistas à aquisição de filhotes fêmeas. No dia da visita você deve fazer-se acompanhar, de preferência, de um assessor, criador mais experiente e que conheça o plantel ora visitado, e que seja da sua confiança. Caso contrario, contará apenas com a sua intuição e com as sugestões do criador visitado, que poderá ajudá-lo na escolher. Em nenhuma circunstância adquira fêmeas com mais de seis meses, pois o ideal seria três meses, para que façam a muda de ninho na casa nova, ou seja, no seu criadouro. Lembre-se que a padreação dos pássaros que irá adquirir é o maior determinante da escolha. Vá já sabendo o que quer e não se deixe levar por pechinchas ou oportunidades imperdíveis. Só compre filhotes com três meses, procedentes de pais que atendam aos seus critérios e definições.
4. Repita a visita a um maior número de criadores, pois sendo assim terá maior possibilidade de escolha e, conseqüentemente, poderá decidir por pássaros que atendam as definições e com preços mais acessíveis. Um plantel bem diversificado quanto à linhagem tem muitas vantagens para quem inicia, garantindo uma maior possibilidade de sucesso em curto prazo. As definições para fixação de caracteres desejáveis devem ficar para mais tarde, quando a criação já estiver em pleno estabelecimento e você já conhecer o potencial genético de cada fêmea e a linhagem a qual ela pertence. Ao passar do tempo, você irá adquirindo o conhecimento do seu plantel, e ai sim, poderá efetuar novas seleções em cima desta ou daquela linhagem com muito mais segurança, buscando o aprimoramento genético. Acredito que a aquisição de oito fêmeas, duas em cada criadouro seja o ideal para formação do plantel, que necessitará apenas de um padreador.
5. Os pássaros adquiridos devem possuir atestado de sanidade animal assinado por médico veterinário. Se forem viajar, devem ainda possuir GTA - Guias de Transporte Animal para silvestres emitidas pelos Órgãos competentes ou Veterinários credenciados para tal fim, em talonário próprio fornecido pelo Ministério da Agricultura.
6. Chegando ao criadouro, inicia-se um processo de quarentena, com as aves separadas em gaiolas de arame, com pintura eletrostática, de fundo gradeado e de bandejas revestidas com papel, que será substituído de dois em dois dias. Como as aves possuem aproximadamente três meses e é bem possível que ao fim da quarentena já estejam em processo de muda de ninho, iniciamos ai, ainda na quarentena, os preparativos para a muda que se aproxima.
Cuidados importantes a se levar em conta:
O Criadouro deve ficar perto de você, e de preferência aonde você passe a maior parte do tempo. Você tem que acompanhar a evolução das fêmeas a todo instante. Nesta fase, o sossego é fundamental. A princípio, só você deve entrar no criadouro. Com o passar do tempo (plena reprodução), outras pessoas também poderão.
A Iluminação nas gaiolas deverá ser a natural durante o dia, com sol nascente de preferência. O sol é fundamental, mas não deverá bater nas gaiolas durante um período muito prolongado. A ventilação deverá arejar o ambiente. Contudo, sem formação de correntes de ar, nem excesso de umidade. O ar deverá estar sempre renovado. As aberturas deverão ser teladas para impedir a entrada de insetos.
As Gaiolas para reprodução do curió devem ser específicas para tal fim. O espaçamento entre as faces dos arames (envaretamento) não deve ultrapassar os 12 mm, sobre o risco de fuga dos filhotes. As gaiolas de criação deverão possuir as seguintes dimensões: 32 cm de altura, 30 cm de largura, e 58 cm de comprimento, podendo variar um pouco conforme o fabricante. Deverão possuir divisórias removíveis no meio, bem como grades e bandejas removíveis no fundo.
Os Ninhos são muito importantes e deverão possuir suporte de arame com diâmetro de 8 cm, e receberem revestimento interno em capa de bucha vegetal de textura fina bem delgada, apresentando certa transparência, permitindo se visualizar os ovos a uma simples olhada por baixo dos mesmos. As bordas deverão ser aparadas com tesoura rente ao aro de arame que forma a borda superior do ninho. Não se deve fixar a forração de bucha ao suporte. Esta forração deve ficar solta, sofrendo apenas pressão com os dedos para moldá-la ao suporte. Ficarão estocados em local arejado aguardando o momento de entrarem em cena. Hoje em dia, encontra-se com facilidade ninhos prontos em casas especializadas.
As Capas para as gaiolas deverão ser construídas em tecido fino, de cor branca, não transparente (do tipo Percal, Popeline, etc). Deverá possuir dois zíperes (feicho) na frente que, abrindo de baixo para cima, possibilitará a abertura de toda à frente da gaiola, que será jogada por cima da mesma, permanecendo com a frente aberta durante todo o tempo, salvo exceções. Poderão ainda possuir velcron no lugar do zíper, e possuirão aberturas com tampa em velcron nas cabeceiras, para propiciar a passagem do padreador durante a corte e cópula. A alça superior da capa deverá possuir abertura para sua manipulação. É fato controverso entre os criadores o uso da capa, mas eu não abro mão e recomendo, tendo em vista os resultados benéficos e psicológicos que as mesmas propiciam aos curiós. As capas deverão ser substituídas imediatamente por outras durante o processo de lavagem, o que ocorrerá logo após a estação de cria. Tal procedimento deverá ser executado por etapas.
Disposição das gaiolas nas prateleiras para a prática da poligamia. As gaiolas deverão estar dispostas nas prateleiras, observando-se o afastamento de 35 cm entre elas, para que se faça o encaixe da gaiola do macho entre duas gaiolas de criação. Utilizamos, para facilitar a passagem do padreador no momento da cópula, placa de PVC, papelão, ou eucatex removível, como elemento de separação entre as gaiolas. As gaiolas do padreador e das fêmeas deverão estar com os passadores abertos. Os filhotes destinados ao aprendizado de dialetos específicos que por ventura estejam nas prateleiras em regime de cria não poderão ouvir o canto dos padreadores. Ler os artigo Vetorização de Canto em filhotes & Poligamia.
O Manejo para reprodução dos curiós (Oryzoborus a. angolensis): as gaiolas das fêmeas e machos deverão dispor-se de tal forma que aproveitem ao máximo a luminosidade do ambiente, e não possibilitem a visualização entre eles.
Alimentação - Mistura de Sementes: logo após a muda anual de inverno (primeira muda após a muda de ninho), deve ser servidas às fêmeas uma mistura de sementes composta de 50% de alpiste, 50% de painço, sendo 20% do verde, 10% do preto, 10% do vermelho, 10% do alvo. As sementes devem ser maquinadas para remoção de impurezas. Devem ser de ótima qualidade, o que se verifica pela coloração brilhante das mesmas, e com ausência de pó oriundo da ação de pragas tipo gorgulho, caruncho, etc. Resumindo: coloca-se 100 sementes de cada lote que dispomos nos nossos fornecedores para germinar em algodão embebido em água a melhor amostra é a que apresentar o maior número de sementes germinadas. Esta é a semente que devemos comprar. Fornecemos todas as manhãs um pequeno comedouro tipo porta ovo ou similar repleto da seguinte mistura: 01 xícara de cafezinho de Super Top-Life moído, 1/2 xícara de cafezinho de Milharina pré-cozida enriquecida com ferro, 2 (duas) gemas cozidas de ovos de galinha, passadas na peneira fina. Observação: misturar os componentes e servir diariamente pela manhã. Não devemos guardar restos, removendo as sobras diariamente, caso as aves não comam. Não acrescentar mais nada à farinhada. Em nenhuma hipótese forneça açúcar, sal, leite de qualquer espécie, mel, pólen, guaraná em pó ou ginsengue. Ministrar a alimentação descrita acima até as fêmeas atingirem a maturidade sexual, o que deverá acontecer por volta de um ano de vida, com raras exceções.

 

Outras Dicas Sobre a Reprodução de Curiós em Cativeiro

Na natureza o curió defende com muita garra seus domínios. Se alguma outra ave se aproxima do ninho, ele a repelirá até com certa violência. Em cativeiro não será difícil procriar a espécie, desde que seja reconstituído o seu habitat natural. Para isso, você deve criá-lo em gaiolões ou viveiros. 
1.      Nos viveiros, devem ser plantadas pequenas árvores, tais como o pinheirinho. Nos gaiolões, devido ao espaço menor, coloque alguns ramos de bucho (tipo de vegetação) para a fêmea usá-los na construção do ninho. O ninho pode ser encontrado em qualquer loja especializada. O importante é colocar as gaiolas ou os viveiros em local arejado, que não seja escuro, não sofra correntes de ar e nem excesso de calor ou frio e, se possível, receba os raios solares da manhã. 
2.      O reprodutor deve gozar de total saúde, e a fêmea também deve estar com boa saúde e deve estar pronta para a procriação. Não se deve cruzar pássaros consangüíneos, para não ocorrer degeneração. A fêmea deve ter de 1 a 4 anos de idade, que é seu período de postura, embora algumas continuam com a postura mais tempo. 
3.      Depois do nascimento do filhote é aconselhável tirar o macho e deixar só a fêmea, mas o macho deve estar por perto para ensinar o filhote a cantar.
4.      Para que o acasalamento aconteça, coloquem o macho e a fêmea inicialmente em gaiolas separadas, mas próximas uma da outra. Após cinco dias desse "namoro" à distância, junte os dois na mesma gaiola e deixe-os juntos para cruzarem durante 1 ou 2 meses. É nesse tempo que a fêmea vai preparar o ninho.
5.      A fêmea normalmente põe dois a três ovos, que são chocados em torno de 12 dias. Quando os filhotes nascem, levarão cerca de 10 a 14 dias para saírem do ninho. É nesse período que os filhotes começam a exercitar as asas e as pernas, por isto, você deve colocar o ninho em lugar baixo para evitar que os filhotes morram por uma eventual queda. Com 20 a 25 dia os filhotes começam a gorjear (cantar).
6.      Quando eles estiverem com 30 dias mais ou menos, já se alimentam sozinhos e você deve retirá-los da companhia dos pais. Isso é muito importante porque o macho, inexplicavelmente, poderá feri-los se ouvir cantos de outros pássaros. Por isso, coloque o(s) filhote(s) em gaiolões, para voarem e se desenvolverem.
7.      O curió é conhecido pela higiene e limpeza do ninho. Isso é tão marcante na espécie que alguns criadores não colocam mais a coleira de identificação na perna dos filhotes enquanto estão no ninho, porque a mãe curió vai retirá-las, podendo até ferir os filhotes nessa tentativa. Ela não aceita nenhum objeto estranho ou sujeira no ninho.
8.      A troca de pena e bico é feita no período de abril a junho (podendo variar de um pássaro para outro e de regiões), neste período há uma queda da resistência e o curió está sujeito a pegar febre e outras doenças. Convém cobrir a gaiola para evitar o vento e, dar boa alimentação e deixar a gaiola bem limpa. Neste período, o curió provavelmente deixará de cantar.

MANEJO NA CRIAÇÃO DO CURIÓ
Período da "Muda" 

abril/julho
O período da "muda" inicia-se no mês de abril, ocasião na qual o criador prepara os casais reprodutores para o chamado "ciclo reprodutivo", cujo sucesso dependerá primordialmente desta fase.
As fêmeas deverão estar dispostas e acomodadas de maneira que possam estar visualmente próximas, de forma que se observem, umas as outras, salientando que, em sendo assim, as gaiolas deverão estar sem a proteção das capas ou divisórias.
Observar-se-á que este procedimento é aplicável tanto na criação comercial quanto na doméstica.
Este processo busca uma aproximação bastante coerente ao modelo do
seu habitat natural, onde, nesta época da "muda", esta espécie em liberdade,aglomera-se sabiamente em verdadeiras colônias, no sentido da busca à proteção, considerando ser período de inverno.

Agosto/Setembro

Final de agosto e mês de setembro é o período no qual se inicia a "cobertura".
Nesta fase, principalmente pela manhã, coloca-se a palha e deixa-se o macho "rachar" para a fêmea, sem contudo tirar a divisória entre as gaiolas.
Isto posto, uma boa técnica é despertar a curiosidade de ambos, abrindo a divisória lenta e gradualmente, sem retirá-la completamente e de uma só vez.
Seguro de que a fêmea pedirá "gala" e, após 10 a 25 minutos de observação, far-se-á a retirada literal da divisória, considerando que os dois passadores já estarão abertos.
Ocorrendo a "cobertura", dever-se-á repetir os mesmos procedimentos no dia seguinte.
Entre 2 e 4 dias a fêmea colocará o primeiro ovo, geralmente chocando-o.
No sexto dia de choco deverá ser feita a "ovoscopia", colocando-se o ovinho entre os dedos indicador e polegar, em forma de círculo, com leve pressão entre os dedos, posicionando-o à frente de uma lâmpada. Com pouca prática logo será observada a diferença existente entre um ovo "galado", comparativamente a outro que esteja sem "gala" ou "ovo branco" que, como o próprio nome indica, este ovo, se confrontado à luminosidade de uma lâmpada, estará totalmente branco, enquanto que o outro apresentará em seu núcleo, estrias avermelhadas ou sanguinolentas.

Nascimento dos filhotes

Durante as 12 horas iniciais, as fêmeas costumam apenas aquecê-los, raramente saindo dos seus ninhos. Nesta primeira fase, dever-se-á ser adotada uma vigilância constante, observando inclusive se os filhotes estão sendo alimentados e com que freqüência, socorrendo-os, se for o caso, com uma alimentação adicional como papinhas, hoje disponíveis no mercado. Uma boa papinha pode ser conseguida juntando ovo cozido e alpiste bem triturado, a qual poderá ser preparada no liquidificador doméstico.
Observa-se que muitas fêmeas, sendo ajudadas na alimentação de seus filhotes, geralmente se revelam ótimas criadeiras.
Para se constatar a saúde dos filhotes, uma boa prática é um leve toque no ninho. Estando em gozo de plena saúde, eles abrirão o bico gananciosamente. Caso contrário algo estará errado e, nestes casos específicos, verificar-se-á se estão com diarréia ou fungos localizados na parte interna do bico. No primeiro caso, corrigir-se-á com o probiótico "Mycosorb" e, no segundo, também com o probiótico "Moldzap".
Até sair do ninho, dever-se-á verificar também se o filhote tem comida no papo, bem como se as suas fezes estão envoltas numa membrana e se a fêmea os retira dali sem dificuldades. Caso contrário o filhote provavelmente estará diarréico.
Observar-se-á que, de 11 a 13 dias os filhotes normalmente saem dos ninhos. Assim, necessário se torna que sejam monitorados, considerando
que, face à natural insegurança pelo fato de conjuntamente abrir o bico e equilibrar-se, que não obtenham êxito naquele primeiro momento.
Assim, caso isso ocorra, deverá ser auxiliado pelo menos três vezes ao dia, recebendo manualmente a papinha até que a mãe volte a alimentá-lo.

Separação
A separação literal ocorre entre 33 e 35 dias. Há de se observar se o filhote está realmente alimentando-se em sua nova morada.
É importantíssimo que sejam mantidas as mesmas disposições dos apetrechos da morada anterior, tais como comedouros e bebedouros, os quais deverão obedecer a mesma padronagem e cor, evitando-se mudanças radicais as quais causar-lhes-ão estranheza.
O período de separação, por ser crucial, em alguns casos podem ser inclusive traumáticos. Para evitar-se o "stress", aconselha-se manter irmãos da mesma ninhada na mesma gaiola, até que se tenha absoluta certeza de que estão competentemente alimentando-se sozinhos. Registre-se que há casos de filhotes que não se conformam com a separação e piam copiosamente.
Nestes casos, retorne-os às gaiolas de suas respectivas mães por mais alguns dias.
No caso de filhotes destinados à venda, adote o mesmo critério quanto ao tipo e cor de bebedouros e comedouros pelas razões acima descritas.